A proposta deste ano trazia para o centro, a reflexão da mensagem bíblica de Mateus 19, 20: “Tenho observado todas estas coisas, o que é que me falta fazer?”, acompanhado da frase de Calábria, “Retornar às fontes”. Durante as partilhas, os/as assessores/as tiveram a oportunidade de refletir, rezar, revisitar e ressinificar o seu Projeto de Vida à luz do carisma calabriano, que fez surgir e anima, há cinco anos em São Luís, o serviço de assessoria inspirado no carisma do fundador da congregação, Padre João Calábria.
Na sexta à noite e no sábado, os momentos de reflexão e conversa foram guiados pelo padre Bráulio, que conduziu a equipe com muita sabedoria, apresentando a Encíclica Laudato si' (sobre o Cuidado da Casa Comum) para a reflexão na noite da sexta-feira. Reforçando a ideia de sermos protagonistas e escrever o nosso próprio evangelho a partir da graça a qual foi dado a cada irmão e irmã. Anunciando o evangelho não por ser regra, mas para ser vivido com alegria, sabedoria e caridade. Uma entrega constante à missão, contribuindo para a construção da casa comum a partir de uma entrega sem reservas. Encerrando a manhã do sábado com a celebração eucarística.
Após a tarde de lazer do sábado, a condução à noite foi realizada e preparada pelos/as assessores/as Iza, Eduardo, Geisy e Selma, que convidaram a equipe para refletir sobre "Projeto de vida à luz do carisma calabriano: Calábria e a Itália de seu tempo", compreendendo o contexto histórico vivido na Itália, no século XIX, e o sofrimento da população, marcada pela pobreza e falta de oportunidade. Após a Oração das Laudes, no domingo de manhã, em duplas, os/as assessoras realizaram a leitura teológica do "Buscai primeiro..." em Pe. João Calábria, destacando a ideia principal identificada na leitura e partilhando com a equipe algo marcante apresentada na obra. Na tarde chuvosa do domingo, cada um/uma recebeu uma carta escrita por Pe. Calábria em 1934, que recordava acontecimentos desafiadores e esperançosos vividos por ele, tão atuais, que animam e dão fôlego à caminhada.
Trecho final da carta:
"Recomendo-lhes
a santa humildade: sejamos humildes em tudo. Lembremo-nos de que as nossas
iras, as nossas discórdias, as nossas murmurações, tudo isso que cria a
desordem, a confusão, tem na soberba o seu ponto de partida. A humildade, a
docilidade é necessária a todos, mas de forma muito especial a nós que, como
vocês sabem, precisamos ser sem cabeça, como trapos, como argila, dispostos a
tudo". (Calábria, 1934)
